Escrever num "diário" é voltarmos para dentro. Para um lugar onde estamos sozinhos face a nós próprios, sem medo de expresar o que sentimos, o que íntuimos, o que queremos e que fazemos. É uma forma de exprimir tudo o que nos vai na alma, uma espécie de monólogo interno em que tudo aquilo que se passa em nosso redor, no fundo, não é mais do que um pretexto para decifrarmos as nossas complexidades e procurar-mos a nossa verdade.
Não há que cumprir regras linguísticas ou argumentativas, temos plena liberdade para deixar fluir o pensamento. E, ás vezes, uma página em branco diz mais do que muitas palavras e frases bem alinhadas.
Escrever um diário é também um exercício que funciona como uma máquina do tempo. Vamos coleccionando os dias, guardando o momento presente que mais tarde podemos recuperar, reavivando emoções, recordando da infância e da adolescência, voltando ao mundo da imaginação e da fantasia. É o cofre-forte de tudo aquilo que para nós é mais preciso: a NOSSA vida!
Escreve-se ao sabor dos dias e da disposição, com maior ou menor disciplina. É uma representação em directo da vida em que nós somos o ponto de partida, a personagem principal de um universo privado. Onde escrevemos sobre quem somos, quem é importante nas nossas vidas... quemnos trás os maiores desafios pessoais...
É nesse momento da escrita que tantas vezes aprendemos a questionar-nos e, que nos saem coisas que nem sabiamos que existiam.
É neste meu "diário" (Blog) que falo de Quem Sou, pois sou no fundo um Livro Aberto...
De quem é importante para mim...
Do que Gosto... e do que menos gosto...
Das minhas alegrias... e das tristezas também...
Qualquer oportunidade pode ser boa para escrever, para manifestar por palavras o que para nós tem um profundo sentido.