21 dezembro 2012

O QUE NOS TOCA

Ontem acabei de ler um livro que nunca pensei me tocar da forma como me tocou... sabia que era de certa forma um livro especial, de uma pessoa que, com uma vida ainda toda pela frente, se lhe foi pivado do mesmo. E tudo isto com uma idade tão jovem! Sabia que estava a ler um diário e não um livro de "história" que alguém inventou. Era uma vida que estava ali a descrever tudo o que sentia e se passava á volta dela, no seu mais pequeno detalhe. Uma realidade! Foi triste saber que a meses do "fim" foi o FIM para ela. Mas foi o fim da vida dela cá neste mundo pois, como ela mesmo escreve "quero continuar a viver depois da minha morte" - e isso concretizou-se!



O Diário de Anne Frank é um livro de memórias. As memórias de uma adolescente normal, com desejos e sentimentos naturais para a idade. Problemas raciais fez com que tivesse de se esconder do mundo para poder sobreviver. E assim o conseguiram durante dois anos. Depois chegou o fim para ela e todos os que com ela vivam escondidos (apenas o pai sobreviveu). Mas o fim dela deu no fundo continuação a algo extremament belo. Moveu-me imenso... Para uma garota de apenas 14 anos ela escrevia maravilhosamente, uma promissora escritora. deixo-vos duas passagens que adorei do livro e que, em muitas formas são a pura verdade!

" O homem nasce com o instinto da destruição, do massacre da furia, e enquanto toda a humanidade não sofrer uma metamorfose total, haverá sempre guerras. O que se construiu e se cultivou e o que cresceu será destruido, e á Humanidade só resta recomeçar." - 3 de Maio de 1944 (3 meses antes de ser levada para a Alemanha)

"É por milagre que eu ainda não renunciei a todas as minhas esperanças, na verdade tão absurdas e irrealizáveis. Mas eu agarro-me a elas, apesar de todos e de tudo, porque tenho fé no que há de bom no homem. Não me é possivel construir a vida tomando como base a morte, a miséria e a confusão. Vejo o mundo a transformar-se, pouco a pouco num deserto; ouço cada vez mais forte, a trovoada que se aproxima, essa trovoada que nos há-de matar; sinto so sofrimento de milhões de seres e, mesmo assim quando ergo os olhos para o Céu, penso que, um dia, tudo isto voltará a ser bom, que a crueldade chegará ao seu fim e que o mundo virá a conhecer de novo a ordem, a paz, a tranquilidade." - 15 de Julho 1944 (1 mês antes de serem descobertos)

Estou sem palavras para esta menina...

9 comentários:

Anita disse...

e uma inspiração.
vi ha pouco tempo o filme.
A minha amiga anne frank, e é lindo.

Anita disse...

http://am-vidaminha.blogspot.pt/2012/11/mais-um-filme.html

é este

D. disse...

Li este livro há uns aninhos bons. Simplesmente adorei o livro e tinha sempre os olhos brilhantes, antes mesmo de escorrer uma lágrima pela minha cara. É duro e ao mesmo tempo, lindo.
Cheguei quando estive em Amsterdão a ir visitar o "esconderijo".
Relembraste-me um livro que já não me lembrava um dia tinha lido. Emprestei-o e nunca mais o tive de novo. É maravilhoso e tocante, mesmo.

Urban Cat disse...

Já o li há alguns anos, era muito jovem e recordo-me de ter ficado profundamente comovida com a história. Bom livro.

Paulinha,
Tenho andado ausente, por motivos profissionais, mas queria desejar-te um Feliz Natal para ti e para toda a tua família.

Um beijinho grande.

Tanita disse...

Li-o devia ter 12 anos, por isso imagina o que me marcou.
Bj**

Tanita disse...

Li-o devia ter 12 anos, por isso imagina o que me marcou.
Bj**

Benedita disse...

É um livro que está na fila de espera...

Petra disse...

Um dos livros que mais gostei... e que também me marcou muito-...

Ana C. Martins disse...

já li esse livro, recomendo pela história que foi e que é. marcou-me imenso também! :D