19 fevereiro 2013

QUANDO OS PARDAIS PERDEM O MEDO

Finalizei a leitura do livro que a minha linda Margarida "Quando os pardais perdem o medo" me ofereceu... e se logo de inicio ele me fez quase chorar, no final deitei mesmo aquelas lágrimas anteriormente retidas (e mais uma vez lá estava eu no autocarro a tentar-me conter). Para além de vos voltar a dizer que tudo o que é mais simples é o mais lindo, a escrita da Margarida não me comove apenas, mas toca em pontos que me estremecem emocionalmente de uma maneira forte. Obrigada minha linda!


Deixo-vos alguns excertos que verdadeiramente mexeram com o meu ser.

"Com o correr dos anos apercebera-me que vivia contigo uma entrega tão incondicional que a minha vida se tinha tornado um tudo ou nada, um se não gostas de mim, não gosto de mim. Agora que, finalmente e graças a ti, acordara desse sono profundo, descobrira que bastava reformular o final da frase. Se não gostas de mim... não gosto de ti!"

 "Os filhos contam muito da nossa história."

"Para alguns de nós a raiva não é mais do que uma negação de um profundo estado de tristeza."

" Sabes, acho que a vida nos ensina muitas coisas se estivermos atentos ao código que por vezes comunica connosco. Às vezes, estas aparentes coincidências não estão mais do que a perguntar-nos o que realmente queremos e não queremos. Ás vezes é um jogo quase violento, sobretudo quando teimamos em ignorar os insistentes interrogatórios."

"Só te persegue aquilo de que foges."

"A vida não são papeis, são emoções."

"Saltar etapas é construir uma história de não conhecimento.
Crescer não implica perder a curiosidade de querer conhecer o final. Crescer é apenas saber que todas as histórias têm um princípio, um meio e um fim. E que só experienciando se aprende."

"Uma história nunca se conta só. Cedo ou tarde se entrelaça noutra, que contará outra e outra germinará. Alguns desatentos teimam em chamar-lhe coincidências. Talvez por isso nunca descubram as peças que lhes permitiriam construir o seu puzzle.
Qualquer construção requer paciência e atenção. Uma vida é a maior das construções humanas. Um enorme risco quando se improvisa. Um enorme puzzle onde todas as peças fazem a diferença. O mistério de cada peça que é apenas o recorte de uma peça maior. Todas juntas fazem uma realidade. Separadas são apenas pormenores daquilo que revelam ser quando se juntam. Cada peça depende da outra. Se queremos conhecer o todo não podemos encaixar de forma aleatória. Se teimarmos em forçar o seu encaixe a realidade fica toda distorcida. Há, contudo, uma magia no puzzle. Podemos escolher livremente onde começá-lo. Há quem comece de dentro para fora. Há quem comece de fora para dentro. No fim, desde que respeitem todos os recortes, de todas as peças, o resultado será o mesmo. Revela-se o todo."

Poderia-vos dar exemplos pessoais para cada um destes excertos, mas a minha vida já é complicada o suficiente... e quero apenas partilhar algo simples e especial. Espero que gostem :)

6 comentários:

Tanita disse...

A Margarida é muito especial, terna e doce.
A sua escrita é maravilhosa, tal como ela.
Bj**

Paula noguerra disse...

É um ser muito mas muito especial Tanita :)

Mar disse...

Também concordo com vocês, emociona-me muito a forma como escreve <3
Tu também escreves sempre de uma forma apaixonada e que sabe bem ler<3
Beijinhos querida Paula <3

Margarida disse...

Minha querida,

Sem dúvida que para quem escreve uma das melhores e maiores gratificações é saber que as suas palavras encontram eco na vida e emoções de que lê. A escrita nada tem de monólogo. Em primeira linha, cada autor dialoga com as suas personagens e todos somos unânimes na capacidade que elas, as personagens, têm de nos surpreender, na forma como se revelam muitas vezes autónomas e cheias de quereres. Logo em seguida, quando as histórias se vestem de livro, o diálogo passa a ser com quem lê e na forma como cada um recebe, acolhe e interpreta a leitura. Por tudo isso, as tuas palavras ganham ainda maior relevo e são ainda mais importantes para mim.

Ontem, quando falámos - que bem que soube! :) - esqueci-me de te perguntar qual tinha sido a personagem de que mais tinhas gostado. Mas não faltará oportunidade ;)

Bem-hajas pelas tuas palavras que são sempre tão generosas - exageradas! - comigo.
Obrigada por seres essa Mulher tão Generosa e Especial que és, sobretudo no seu genuíno amor à vida.

Um grande beijinho.


p.s. às outras duas queridas que comentaram este post, Tânita e Mar, o meu Muito Obrigada também :)

Paula noguerra disse...

és muito doce auerida MAR :)

Obrigada e beijo carinhoso xxx

Paula noguerra disse...

Sem exageros.... são as puras verdades minha querida Margarida :)

E sabes qual foi a personagem que mais gostei? Não te espantes mas foi o da Cunhada :) Não me perguntes porque...

LOVE YOU XXXX