Finalizei a leitura do livro que a minha linda
Margarida "Quando os pardais perdem o medo" me ofereceu... e se logo de inicio ele me fez quase chorar, no final deitei mesmo aquelas lágrimas anteriormente retidas (e mais uma vez lá estava eu no autocarro a tentar-me conter). Para além de vos voltar a dizer que tudo o que é mais simples é o mais lindo, a escrita da Margarida não me comove apenas, mas toca em pontos que me estremecem emocionalmente de uma maneira forte.
Obrigada minha linda!
Deixo-vos alguns excertos que verdadeiramente mexeram com o meu ser.
"Com o correr dos anos apercebera-me que vivia contigo uma entrega tão incondicional que a minha vida se tinha tornado um tudo ou nada, um se não gostas de mim, não gosto de mim. Agora que, finalmente e graças a ti, acordara desse sono profundo, descobrira que bastava reformular o final da frase. Se não gostas de mim... não gosto de ti!"
"Os filhos contam muito da nossa história."
"Para alguns de nós a raiva não é mais do que uma negação de um profundo estado de tristeza."
" Sabes, acho que a vida nos ensina muitas coisas se estivermos atentos ao código que por vezes comunica connosco. Às vezes, estas aparentes coincidências não estão mais do que a perguntar-nos o que realmente queremos e não queremos. Ás vezes é um jogo quase violento, sobretudo quando teimamos em ignorar os insistentes interrogatórios."
"Só te persegue aquilo de que foges."
"A vida não são papeis, são emoções."
"Saltar etapas é construir uma história de não conhecimento.
Crescer não implica perder a curiosidade de querer conhecer o final. Crescer é apenas saber que todas as histórias têm um princípio, um meio e um fim. E que só experienciando se aprende."
"Uma história nunca se conta só. Cedo ou tarde se entrelaça noutra,
que contará outra e outra germinará. Alguns desatentos teimam em
chamar-lhe coincidências. Talvez por isso nunca descubram as peças que
lhes permitiriam construir o seu puzzle.
Qualquer construção requer paciência e atenção. Uma vida é a maior das construções humanas. Um enorme risco quando se improvisa. Um enorme puzzle onde todas as peças fazem a diferença. O mistério de cada peça que é apenas o recorte
de uma peça maior. Todas juntas fazem uma realidade. Separadas são
apenas pormenores daquilo que revelam ser quando se juntam. Cada peça
depende da outra. Se queremos conhecer o todo não podemos encaixar de forma aleatória. Se teimarmos em forçar o seu encaixe a realidade fica toda distorcida. Há, contudo, uma magia no puzzle. Podemos escolher livremente onde começá-lo. Há quem comece de dentro para fora. Há quem comece de fora para dentro. No fim, desde que respeitem todos os recortes, de todas as peças, o resultado será o mesmo. Revela-se o todo."
Poderia-vos dar exemplos pessoais para cada um destes excertos, mas a minha vida já é complicada o suficiente... e quero apenas partilhar algo simples e especial. Espero que gostem :)